
Luzes que se apagam, nada mais
É sonhar em vão tentar aos outros iludir
Se o que se foi pra nós
Não voltará jamais
Para que chorar o que passou
Lamentar perdidas ilusões
Se o ideal que sempre nos acalentou
Renascerá em outros corações
Luzes da Ribalta
Os dois primeiros versos revelam uma ética completamente materialista, bem própria dos tempos. A vida como um sonho mágico e sem nenhum sentido, consumida como um queimar de velas da metáfora, "Luzes que se apagam". Vagar nas ruas enquanto vagabundo ou morrer de gripe A dá no mesmo.
Os três versos seguintes retratam que há sempre um futuro radiante a nos esperar, mesmo que a vida se acabe como um apagar de velas, que a lógica não é o forte dos cretinos revolucionários. Se a revolução dos cretinos fracassar por algum motivo, não seja por isso, tentarão de novo, ainda uma vez.
Os quatro últimos versos indicam o Mundo como Idéia. Os homens contemporâneos rejeitam a realidade como ela é, pouco importando os fatos. Sempre haverá um revolucionário para manter a chama da revolução acesa e não da vida. Esta sim não vale nada para eles!
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